Blanchot ferido com fogo
DOI:
https://doi.org/10.30972/clt.0133060Resumo
O presente ensaio trabalha específicamente com a obra de um autor da filosofia e da literatura francesa pós-estruturalista, Maurice Blanchot. O artigo visa produzir urna confabulacao blanchotiana com a questao fascinante da fala, da literatura e dos sentidos do próprio autor, confessando um desespero e uma contaminacao ardente e inevitável. Aproximando-o dos paradoxos do espaco literário, queremos demonstrar metodologicamente o hermetismo do autor e o modo com o qual ele sempre colocou a filosofia contra a própria filosofia. Até que ponto Blanchot veste urna infantilidade katkiana em seu aberto compromisso com a escritura? Ler Blanchot só pode-se fazer ao gesto de um ferimento com fogo, a perda de memória que se sente ante a ameaca de um revolver carregado. Disto, trata-se o artigo.